quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mulher escapa da morte após ser soterrada por prédio

JORNAL A TARDE

Margarida Neide | AG. A TARDE
Equipes de resgate foram mobilizadas para retirar possíveis vítimas dos escombros
Equipes de resgate foram mobilizadas para retirar possíveis vítimas dos escombros

Um prédio de três pavimentos, na rua Rafael Uchôa, Massaranduba, desabou por volta das 16h20 de quarta-feira, 9. O acidente deixou soterrada por quase duas horas e meia Ana Cristina Moreira Dantas, 37.

Ela foi resgatada viva dos escombros e levada ao Hospital do Subúrbio. Dois vizinhos da casa ao lado, Ricardo Lacerda Gomes, 33, e Expedita Lacerda Gomes, 82, ficaram feridos pelo desabamento, sendo encaminhados ao Hospital Geral do Estado (HGE). Uma quarta vítima não identificada teria sido conduzida ao Hospital do Subúrbio.

O bombeiro Sandoval Moscoso, que morava na mesma rua, auxiliou o trabalho de resgate de Ana Cristina. “Deu para ver parte do tronco dela e do rosto. Ela estava debaixo de um colchão e os escombros por cima dela - provavelmente estava no quarto quando a casa desabou. Mas estava consciente”, relata.

O engenheiro da Defesa Civil de Salvador, Aroaldo Rodrigues, acredita que a chuva foi o fator preponderante do acidente. A estrutura do imóvel, saturada pelas chuvas, não teria suportado o peso, vindo a desabar. Falhas na construção do prédio teriam contribuído também para a fatalidade, avaliou.

Inquilina - Ana Cristina Dantas residia no primeiro andar do prédio com as duas filhas adolescentes e o marido. As filhas e o marido não estavam no local na hora do desabamento. Assustadas com o estado da mãe, as meninas acompanharam a parte inicial do trabalho de resgate amparadas por amigos, e logo foram retiradas do local.

À noite, no Hospital do Subúrbio, três amigos da vítima a acompanhavam na emergência. De acordo com vizinhos, Ana Cristina Dantas mudou-se para a rua há menos de um ano e era, provavelmente, inquilina do imóvel. “Ela não é muito conhecida da vizinhança. É uma pessoa muito reservada ”, disse o vizinho Edson Crispim.

Construído há cerca de cinco anos, o prédio tinha um espaço no térreo para comércio, que estava desocupado, e dois andares residenciais - o segundo estava desabitado, segundo os vizinhos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário