segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FILARMÔNICAS FORAM A PRINCIPAL ATRAÇÃO NA VIRADA CULTURAL EM MARAGOJIPE NESTE DOMINGO

06/11/2011 15h32 - Atualizado em 06/11/2011 16h08


Na programação teve também lavagem, teatro, cordel e fanfarras.
Evento acontece até às 23h deste domingo (6) em Maragojipe, na Bahia.


maragojipe filarmônica (Foto: Egi Santana/G1)A Filarmônica da cidade, criada em 1880 foi a grande atração da manhã deste domingo (6) na Virada Cultural. (Foto: Egi Santana/G1)

Lavagem, fanfarras, teatro, cordel e filarmônicas marcaram a manhã do segundo dia da Virada Cultural em Maragojipe. Bem cedo, por volta das 5h30, fiéis lavaram a escadaria da igreja de São Bartolomeu, padroeiro da cidade. A festa foi uma amostra da tradicional lavagem que acontece no terceiro domingo do mês de agosto. Por conta do horário e da rotina de festas, apenas algumas pessoas fiéis tiveram forças para fazer a lavagem.

Logo na seguida, a fanfarra da cidade passou pelas ruas, “acordando” àqueles que tentavam dormir após quase uma madrugada de atividades. O som convidava as pessoas para os festejos que iriam começar na praça Conselheiro Antônio Rebouças. Ao mesmo tempo, começava a missa, que é ouvida por toda a cidade por meio de um sistema de alto-falantes, tradição dos domingos no município.

Já na praça, a filarmônica da cidade, criada em 1880, iniciava sua apresentação, regada a clássicos da música brasileira e nordestina. A filarmônica, reconhecida como uma das melhores do estado, fez uma apresentação que atraiu um bom público. Ana Edite, 23 anos, única mulher do grupo, contou que para fazer parte, o jovem precisa passar por uma escola da própria filarmônica, onde aprende as noções de música em aulas realizadas duas vezes na semana.

Já na Casa de Cultura, a programação seguiu com as obras e fotografias que ficarão expostas por todo o evento, além da peça “O casamento de Rosinha com o Diabo”, realizada por jovens atores da região. No final do espetáculo o protagonista veio ao público, em uma sala quase cheia lotada de pessoas das mais variadas idades, pedir que os jovens deem continuidade às manifestações culturais maragojipanas

Uma das partes mais celebradas pelo público foi a apresentação do cordelista Kitute de Nilsinho, de Irará. Entre causos e cordéis, Nilsinho fazia a plateia se divertir com histórias do povo simples do nordeste brasileiro. “É um grande orgulho poder estar aqui praticando cultura”, disse aos espectadores.

cordel maragojipe bahia (Foto: Egi Santana/G1)"É um grande orgulho estar aqui praticando cultura" disse o cordelista Kitute de Nilsinho. (Foto: Egi Santana/G1)

Logo em seguida os grupos de dança das escolas de Maragojipe saíram às ruas, com seus trompetes, bumbos e surdos, chamando a atenção por onde passavam. Antes, destaque para a organização dos grupos, ao som de ordens militares, como sentido e meia-volta volver. Ao mesmo tempo, uma roda de capoeira com adultos e crianças, era montada no meio da praça.

Virada Cultural
A programação segue pela tarde, e a comerciante Rita de Cássia dos Santos, de Arembepe, que trouxe um grupo de cerca de 30 pessoas para a ‘Virada’, acredita que esse é um evento bem sucedido, apesar de achar que as pessoas de Arembepe são mais animadas. “Se isso aqui fosse em Arembepe, o público não ia pedir bis ao artista, e sim um show inteiro”, brinca.

Na programação da tarde haverá cinema, sarau literário, cavalgada e os shows à noite, com sambas de roda da região além da presença de Vânia Abreu e da banda Ênio e a Maloca.

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