domingo, 27 de novembro de 2011

BAHIA SEDIA SEMINÁRIO NACIONAL DE PROFISSIONAIS DE IMAGENS

O VII Congresso Nacional de Profissionais de Imagens, que está sendo realizado até domingo (27), no Bahia Park Hotel, no Rio Vermelho, em Salvador, contou com uma palestra do secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, sobre a experiência baiana da abertura para a sociedade na produção de políticas públicas para a comunicação.

O evento, que começou na sexta-feira (25) e reúne profissionais de estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, é organizado pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos da Bahia (Arfoc/BA) e conta com o apoio das secretarias estaduais de Comunicação Social e de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e da Embasa.

O secretário Robinson Almeida afirmou que os profissionais de comunicação que trabalham com a cobertura e a produção de conteúdo jornalístico, especialmente os que produzem imagens, retratam o cotidiano da vida brasileira. “Não é só notícia, é um registro documental que fica para toda a história do que foi produzido pela humanidade naquele período que o profissional está retratando”.

Para Almeida, as políticas públicas de comunicação devem ser desenvolvidas de forma democrática, dialogada com a sociedade, em conferências, conselhos, em espaços como o que está sendo realizado em Salvador. “A democracia é parte importante da forma de governar que busca a contribuição da sociedade, com melhores resultados na aplicação das políticas públicas”.

O secretário também pontuou a revolução tecnológica proporcionada pelo surgimento da digitalização e os seus instrumentos, em especial a Internet. “Estas ferramentas transformaram o cidadão, que era consumidor de informação e agora passa a ser produtor. Ele pode ter um microblog, uma página, um site, pode postar imagem, texto, dar opinião e vai obter uma audiência, por exemplo, nas redes sociais e em todos os canais em que ele possa levar o que pensa e opina”. De acordo com o secretário, tudo isso ajuda para que a sociedade fique mais bem informada.

Segundo o presidente da Arfoc-BA, Luiz Hermano Abbehusen, a Bahia possui bons profissionais no mercado. “Precisamos nos agrupar, reciclar e acompanhar a evolução dos equipamentos. Por isso estamos discutindo as novas tecnologias, para que haja um treinamento, que é muito importante”.

Profissionais de outros estados aprovam políticas públicas para comunicação

Paulo Brasil é repórter fotográfico no Rio Grande do Sul e presidente da Arfoc Brasil. “Este encontro aqui é um marco na história dos repórteres fotográficos e cinematográficos. Esta inclusão da comunicação como políticas públicas veio um tanto tarde, há governos que devem muito à população. Este estreitamento precisa ser feito com cuidado porque tem muita gente que não tem comunicação e não compreende isso”.

Para o repórter fotográfico e secretário-geral da Arfoc no Rio de Janeiro, Alcyr Cavalcante, “o congresso está sendo muito positivo, pela forma democrática como foi conduzido, pela troca de opinião entre os diversos estados e também pela boa acolhida”. Segundo ele, a divergência de opiniões é importante , mas há um consenso de união entre os repórteres fotográficos e cinematográficos para que seja alcançado um objetivo comum.

“Buscamos o engrandecimento da categoria e a reivindicamos, junto às autoridades, a melhoria das condições de trabalho, principalmente a proteção em áreas de risco”, disse Cavalcante, lembrando-se do colega cinegrafista do Rio de Janeiro, morto em uma ação policial na favela. “A construção de políticas públicas voltadas para a comunicação pode colaborar com esta segurança. Nós expomos os problemas, e as autoridades solucionam”, afirmou Cavalcante.

Mudança de foco

Segundo a presidente do Sindicado dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, é importante saber sobre a reestruturação da comunicação no Estado, tema da palestra do secretário Robinson, uma vez que, no passado, a comunicação era centrada no governo, sem um diálogo com as entidades e com os profissionais.

“É importante também saber que a Bahia tem o primeiro conselho estadual de comunicação e espalhar esta informação para o resto do país, porque isso irá proporcionar a criação de novos conselhos em outros estados e o público e a sociedade vão poder interferir nas políticas de comunicação por meio dos órgãos representativos”, destacou a presidente do Sinjorba.

Marjorie afirmou que a realização do evento em Salvador acrescenta muito. “Em geral, o profissional de imprensa e comunicação exerce a profissão sem pensar sobre sua atividade. Este evento é a oportunidade de pensar os vários aspectos do exercício profissional, as questões legais e ligadas às dificuldades deste exercício. Principalmente, os desafios diante das novas tecnologias e da convergência da mídia que está transformando e criando novos profissionais”.

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