Eles estão presos desde quinta-feira, na cidade de Vitória da Conquista.
Supostas vítimas tentavam 'multiplicar' R$ 700 mil e descobriram golpe.
Esquema foi desarticulado após denúnciaCinco pessoas estão detidas no Presídio Nilton Gonçalves, na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, suspeitas de envolvimento com quadrilha de estelionato que atuava em um esquema de "multiplicação de dinheiro" a partir da reprodução de notas falsificadas. Três dos presos são os executores do crime e dois são supostas vítimas atraídas pelo esquema. Eles foram autuados em flagrante por volta das 18h de quinta-feira (20).
O esquema foi desarticulado a partir de denúncia realizada pelas duas supostas vítimas, que têm 37 e 44 anos. Eles levaram a quantia de cerca de R$ 700 mil (valor relatado por eles e ainda não conferido pela PF) para ser trocada por um valor maior na cidade de Boa Nova, vizinha a Vitória da Conquista, no mesmo dia das prisões. Quando perceberam que receberam um pacote com notas em branco, os dois homens entraram em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que iniciou a diligência na rodovia BR-116, próximo a Vitória da Conquista.
A PRF flagrou os três suspeitos de integrar o esquema com o pacote de dinheiro no porta-malas de um carro da marca Hyundai por volta das 18h da quinta-feira, no km-814 da rodovia. De acordo com o delegado da PF, os três executores confessaram o crime à PRF no momento em que eles estavam sendo transportados para a sede da PF em Vitória da Conquista.
Mesmo se portando como vítimas, o delegado da Polícia Federal, Vitor Mascarenhas, considera que todos os cinco fazem parte da mesma quadrilha e por isso a prisão foi decretada. "O meu entendimento é esse porque os três propuseram o golpe e os dois aderiram. Multiplicar é falsificar, ou seja, você me dá uma nota de R$ 100 que eu fabrico três", explica. Ele acrescenta que foram encontrados com os suspeitos "apetrechos de falsificação" como lâminas de vidro, tintas e papel.
“Há indícios que essas três pessoas que prometeram a possibilidade de multiplicar o dinheiro vieram de Brasília. As pessoas que entregaram o dinheiro alegaram que a proposta foi a de comprar dólar com o valor abaixo do mercado, que reuniram a quantidade porque acharam um bom negócio”, relata o delegado. O caso agora será trabalhado no sentido de investigar a origem dos R$ 700 mil, além de realizar a perícia no pacote para identificar se todas as cédulas são autênticas ou se há dinheiro falso, e se há outros membros da quadrilha na região do sudoeste baiano, informa a polícia.
Os cinco suspeitos estão à disposição da Justiça e vão responder por formação de quadrilha. Além desse crime, os que prometeram trocar e somar dinheiro, também irão responder por estelionato e as supostas vítimas serão enquadrados por crime de moeda falsa na modalidade tentada.
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