'Nada justifica uma morte por R$ 11', lamenta mãe de jornalista após crime
Jovem de 29 anos foi esfaqueado após discutir com funcionária na
Bahia.
Delegado já ouviu seis pessoas. Principal suspeito é guardador de
carros.
Jovem é assassinado na porta do supermercado
na Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)
na Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)
A mãe do jovem
morto a facadas no estacionamento de um supermercado de Salvador esteve na
delegacia nesta segunda-feira (27) para tentar colher informações sobre o que
teria motivado a morte de seu único filho.
O rapaz de 29 anos era formado em Jornalismo e teria sido morto por um
guardador de carros, o principal suspeito do crime, após uma discussão
entre a vítima e uma funcionária da loja.
"O que sabemos é que ele veio trocar um vale de R$ 11,98 e discutiu com a
caixa. Meu filho não era agressivo, nada justifica uma morte por conta disso",
lamenta a mãe da vítima, Maria José.
Segundo informações do delegado Marcelo Sansão, "o que se tem de informação
até agora é que o suspeito teria tomado as dores das funcionárias, mas não se
pode afirmar ainda sobre vínculos de amizades", aponta.
O rapaz foi esfaqueado enquanto era atendido por uma ambulância do Samu, que
foi encaminhada ao local porque a vítima passou mal após a discussão. "Ele
estava com pressão alta, formigamento em um dos braços e suspeitavam de AVC.
Enquanto a atendente da Samu prestava o socorro, um homem bem vestido chegou com
um objeto envolto em papel-toalha e desferiu dois golpes no pescoço da vítima",
descreveu o delegado sobre o crime.
Segundo a polícia, após ser atingido, o rapaz chegou a correr gritando por
ajuda. Ele foi levado ao HGE consciente, pela mesma ambulância do Samu, mas,
devido à perda de sangue, não resistiu e morreu no fim da noite de sexta-feira
(24). "Os golpes perfuraram uma das vias aéreas da vítima", disse o
delegado.
"Perdi minha vida"
"Meu filho era trabalhador, tinha duas faculdades, era cheio de sonhos. Ele [o suspeito] não matou somente meu único filho, mas a mim também e a toda minha família", desabafou a mãe do rapaz. Segundo ela, a família só deseja agora a justiça.
"Meu filho era trabalhador, tinha duas faculdades, era cheio de sonhos. Ele [o suspeito] não matou somente meu único filho, mas a mim também e a toda minha família", desabafou a mãe do rapaz. Segundo ela, a família só deseja agora a justiça.
"Imagine perder a vida por conta de um troco errado? Por conta de R$ 11? Eu
quero saber onde estava a gerência do supermercado que não viu isso. Queremos
justiça, achar o culpado, ou os culpados por isso. Imagine se toda pessoa que
reivindicar seus direitos for morta?", questiona a mãe.
O delegado Sansão tinha ouvido seis testemunhas no caso até o fim da tarde
desta segunda. As imagens de segurança do supermercado já estão em poder dos
peritos, informou o delegado. O suspeito é conhecido na região pelos vulgos de
"couveiro" ou "pasta pura".
Delegado Marcelo Sansão (Foto: Egi
Santana/G1)
O crime
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou na tarde de domingo (26) que o jovem que morreu após ser esfaqueado no estacionamento do supermercado Hiper Bompreço havia discutido com uma funcionária do estabelecimento minutos antes de ser atingido. O crime aconteceu na noite de sexta-feira (24), na região do Iguatemi, em Salvador.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou na tarde de domingo (26) que o jovem que morreu após ser esfaqueado no estacionamento do supermercado Hiper Bompreço havia discutido com uma funcionária do estabelecimento minutos antes de ser atingido. O crime aconteceu na noite de sexta-feira (24), na região do Iguatemi, em Salvador.
De acordo com a polícia, a ocorrência registrou que o jovem, de 29 anos,
discutiu com a funcionária do hipermercado por volta das 21h, enquanto tentava
reaver em dinheiro um vale oferecido pelo supermercado após um problema em uma
compra. Durante a discussão, o jovem passou mal e uma equipe do samu fez o
atendimento. Uma das atendentes teria torcido o pé durante a discussão, informou
a polícia.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a empresa disse que o "Bompreço
está colaborando com as investigações e que vai prestar todos os esclarecimentos
necessários às autoridades competentes". O Departamento de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP) investiga o caso.
FONTE: G1 BAHIA
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